Faz escuro e eu canto.
Desobstruo e reforço as cordas,
descanalizo a necessidade de viver
por viver apenas,
sem saber por quê viver.
Aprecio as bordas do poço
e não me jogo, detenho-me por covardia,
renuncio, afasto-me lentamente,
corro, caio, quase não me levanto...
Mas, por um simples e cruel empurrão,
retorno ao fundo da minha solidão.
Autoria: Ilka Vieira
Nenhum comentário:
Postar um comentário